domingo, 28 de dezembro de 2008

(ensaio n.º 2)

Encontrei-a de costas viradas para a porta de entrada, sentada no chão da sala junto à mesa de centro, achei estranho que àquela hora não mudara de roupa, o seu braço estendido tocava a superfície fria do vidro, o telemóvel descaia-lhe da palma da mão, cabisbaixa e de pálpebras hesitantes mal conseguia conter todas as lágrimas que me aguardavam, o pai já estaria internado à uns meses, as probabilidades para um reencontro não coincidiam com o desejo de ambos, assim que reparei que o ultimo contacto seria do hospital, abracei-a e transferi-lhe todo o conforto que me era possível, mesmo que para isso não me sobejasse energia suficiente, em momentos como este só nos valem as pessoas mais queridas...

8 comentários:

DANTE disse...

Situação delicada esta.
Já passei por algumas assim e realmente um gesto vale mais que mil palavras.

Um abraço

M disse...

algo a que ninguém está imune...

Mag disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Liana Andra Marques disse...

"o que dá escrever sem olhar para o ecrã, marquei data de casamento com um gaijo :|"

Não percebi!!


PS: belo blog!

Canto Definido (Structurally Diffuse) disse...

Não reparei que o comment do Fênix era do Fênix, e não teu :)

Chamei-lhe Sassy, lol

Liana Andra Marques disse...

Lol pois já vi, mas olha, não faz mal, que ninguém percebeu ;)

Tou a pensar seriamente em te colocar na minha lista de blog's ;)

Canto Definido (Structurally Diffuse) disse...

Espero poder corresponder às tuas expectativas, e deixar-te completamente desorientada...

(ps: prometo que não te levo mais nenhum pretendente ;)

XR disse...

Entre cerebreias, colisões e ensaios com um hamster à mistura és especialista em desorientar qualquer um.

Ficam os votos de que em 2009 continues a tentar organizar as tuas sinapses desta forma, com ou sem caixas de arquivo morto ;)