O seu primoroso descair de ombros, de pescoço a descoberto e seios sonegados pela toalha que lhe cobre apenas parte do torso, de livre vontade caminha em minha direcção e abandona o leito morno e suave toque de seda, a determinado instante apoia-se debruçada, desobrigando um palpitar resiliente e desencaminhando a atenção de todos os elementos existentes naquela sala, desloca-se então subtilmente e liberta um pequeno rasto espelhado que derruba qualquer anteparo que nos afaste, desabitado o meu olhar segue o seu corpo esboçado e depara-se com uns lábios carnudos e rosados que contribuem não apenas um aceitar mas também um dedilhar de conforto e delicadeza, o paladar de língua que percorre a minha e segue enroscando à procura de tudo aquilo que adquire por experimentação coordena o meu estado de deleite, aquele ofegar que parece querer-me dizer algo enquanto aproximo os meus braços do seu corpo quase que a descoberto permite que a diminuta toalha acabe por ceder...
3 comentários:
Aposto que não te esforçaste nada para escrever este ensaio :)
Bonito!
:) não me servem todas as palavras deste mundo para apresentar uma descrição suficiente para todo este envolver...
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