quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

de mão fechada

Aleijado, corpo estropiado e inábil,
Prurido imposto, ânsia desesperante,
Cólera pujante, alivio imediato,
Porção ferida, lâmina encostada ao dorso,

Saliva, espuma e o soluçar, vira-lhe o lábio ao avesso,
E perfura-lhe o rosto de espigão colocado entre dedos,
Suco encarnado que escorre ao longo do metal gélido,
Mais uma vida que se esgota, mais uma vitima dominada.

1 comentário:

Mag disse...

Sangue, suor e lágrimas
escorrem do corpo
exangue, no chão,
brilham as luzes
com barulhos estranhos,
ao de longe,
nos ouvidos que se apagam,
foge-lhe a vida
pelo cano de esgoto da rua...