Deixei-o escolher: “o punho ou a carteira?”, claro que optou pela porta numero dois, sem saber o que esperar fez pose avançando de nariz no ar, todo emproado, quando sentiu o primeiro impacto deixou-se cair de joelhos sobre os cacos de vidro espalhados pelo chão, mordeu a língua durante algum tempo para se esquecer do golpe que acabara de sofrer, a pele descolou deixando bem visível a segunda camada de rosto, foi quase que baleado, o derradeiro estrondo que seguiu a martelada dada pelo meu braço deixou-o de rastos, os seus olhos reviravam pálidos de dor intensificada pelo frio, o recheio da carteira para ali despejado, rolavam moedinhas em todas as direcções, terminaria o conflito iniciado chorando como uma criança, posicionou-se de barriga acomodada ao asfalto, acabou agarrando-se firmemente aos meus pés...
Sem comentários:
Enviar um comentário