sexta-feira, 10 de abril de 2009

1.5L

Continuou para ali sentado, observava de perto o acidente, a correria dos enfermeiros que socorriam cada vítima enquanto gritavam desalmadamente "Deixaste-o lá? Era mesmo ele?", intermitente, ora tapava o rosto, ora chorava fogo rejeitando qualquer tipo de consolo por parte das outras pessoas que habitavam o mesmo prédio (o que mais se poderia esperar de alguém que não pôde salvar a própria filha)… E aquele maldito idiota da mercearia que não fechava as portas, só para poder continuar a vender águas pequenas àqueles coitados, mal caminhavam, mas para ele não chegou a ser tarefa árdua…roubava-lhes as carteiras, e dizia-lhes que seriam os agentes da policia a exigirem que o fizesse…

1 comentário:

Toze disse...

Existe sempre alguém numa esquina à espreita, para sacar mais algum...