terça-feira, 24 de março de 2009

evolved amœba

Sufoca-o com um travesseiro de folhos, não lhe resta oxigénio nos pulmões, os braços não se movem, restam-lhe os movimentos involuntários imediatamente antes do desmaio por asfixia, afogado no próprio sangue que acaba por cuspir, deixa cair o telefone que procurava arremessar como arma contra este outro ser presente no quarto, faltou-lhe força suficiente para utilizá-lo, desprovido de sombra, de camada protectora agora liquefeita, espalhada por todo o chão, emite focos de luz azul que atravessam cada um dos orifícios das portas do guarda-fatos, duas entidades formadas por um composto translúcido absorvem-nos, utilizam os seus corpos como meio para os redireccionar, impedem que atinjam a fina camada de tinta preta que cobre a parede de fundo, assistem a tudo, apreciam cada particularidade do ataque, o prazer obtido manifesta-se através de um brilho residual, entretanto o agressor sorve todos fluidos do cadáver, até que fica enxuto, jaz sobre a cama...

1 comentário:

_E se eu fosse puta...Tu lias?_ disse...

Sarava!


Há dias e dias!!!


;)
uffa!

beijo