quarta-feira, 4 de março de 2009

(des)encontros

As folhas nas copas das árvores deitam-se sobre as suas irmãs, alimentadas pelos cortinados de luz que trespassam cada nuvem afugentada pelo vento que geme incessantemente, saboreio o seu corpo aquecido, faço-lhe sombra pois quero seguir o seu olhar de perto, sem que descanse as pálpebras por causa do sol, a cada novo toque conto-lhe uma história nossa, como daquela vez que a encontrei a chorar na paragem de autocarro, chovia a potes e ela desesperada sem saber como me encarar, explicou-me que teve um caso enquanto o nosso filhote estava doente no hospital, apertei-a atenciosamente de encontro ao meu peito pois também ela me havia perdoado após o meu ultimo deslize...

1 comentário:

Mag disse...

Adorei o deslizar das palavras, como se destinadas a encontrarem-se nas frases em que as delineaste... Está realmente MUITO BOM!